¨ Algo me diz que quer ficar¨, de Eduardo Fonseca estampa a próxima edição do mural Templuz
O artista mineiro Eduardo Fonseca
é o convidado da próxima edição do Projeto Mural Templuz,
que traz arte e cultura gratuitas para Belo Horizonte. Para estampar o
mural, Eduardo escolheu a obra “Algo me diz que quer ficar”. De início, a
tela chama atenção por representar um cão em corpo de gente. Segundo o
artista, a obra faz referência à hipocrisia
com que algumas pessoas olham para o mundo. “Com os braços cruzados,
negando qualquer outra coisa que o confronte, o personagem mostra
imponência. Em torno, a moldura dourada e decadente o coloca num patamar
de perpetuação. É a tradição tentando se fixar no
tempo de agora ou em outro qualquer que esteja”, descreve o artista.
Desenvolvida
em óleo sobre tela e moldura, o trabalho vem de uma série de outros que
foram produzidos pelo artista a partir de um olhar crítico sobre nosso
tempo. “Assim como um jogo,
procuro conhecer as peças que compõe nosso cenário
político/social/cultural, tanto regional quanto internacional. Dessa
forma vou construindo uma teia de relações que me dão base para a
elaboração dos trabalhos”, conta Eduardo. O autor ainda ressalta que
suas
obras não são ilustrações do contemporâneo, mas interpretações da
sociedade sob um olhar crítico.
Sobre
o Mural da Templuz, o artista afirma o projeto vem se destacando há
tempos, graças à consistência e à possibilidade de inserção de bons
artistas em espaços públicos. Segundo
ele, a iniciativa é sempre muito bem-vinda, sobretudo em ano eleitoral.
“Estamos próximos das eleições e as caras dos candidatos serão
estampadas em todos os lugares. Prefiro muito mais o Mural Templuz”,
brinca.
Sobre o artista
Eduardo
Fonseca nasceu em 1984 em Ponte Nova, Minas Gerais. É formado pela
Escola de Belas Artes da UFMG e mestre em Pintura pela Faculdade de
Belas Artes da Universidade de Lisboa,
Portugal. Durante o tempo em que viveu na Europa, participou de
exposições coletivas e fez exposições individuais, sendo a última delas
no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, que recebeu a mostra “ACORDA!”.
Além de intervenções em ambientes diversos, entre
os quais a sofisticada boutique Hermès Paris, na capital portuguesa.
Também em terras lusas, Eduardo ganhou o prêmio do Com.Arte em 2012, em
Cascais. No Brasil, o pintor participou de exposições no Centro Cultural
UFMG-BH, no Museu Afro-Brasil, em São Paulo,
e recentemente realizou, em parceria da artista Priscila Amoni, uma
grande intervenção no SESC Palladium em Belo Horizonte.
Texto: Hipertexto
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